quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Homenagem a um grande homem


Icapuí, terra de grandes homens, cada um a sua maneira deixam marcas indeléveis em nossa história. Uns carregaram balaios de sal nas costas, homens de garra, corajosos, verdadeiras máquinas incansáveis, trabalho para poucos; outros, por sua vez, carregaram e ainda carregam um fardo tão ou mais pesado que um balaio de sal, trata-se de algo que poucos tem a coragem e a capacidade para sustentar, esse elemento tão importante são os IDEAIS. Ideais de liberdade, justiça, honestidade, sabedoria, compaixão entre outros. Os ideais são elementos tão especiais que em sua essência são eternos, perderam sua efemeridade ao fundir-se com a personalidade do indivíduo que os carregam.  A literatura usa com frequência o termo suor para designar trabalho, porém esse suor nem sempre se retrata ao seu sentido físico-biológico, mas sim suor em um sentido figurativo para representar a luta, a resistência e, sobretudo a perseverança. Por isso podemos afirmar que tantos os homens do sal como os homens dos ideais deram o suor por nossa terra.

Uma vez eu ouvi relatos da existência de um grande homem, um sábio que usava com maestria as palavras pra expressar seus pensamentos, era um desses homens que pregavam ideais. Mas meu parecer sobre ele limitava-se ao que eu ouvia e de poucos textos de sua autoria aos quais tive acesso. Confesso que vivi por um tempo no anseio de conhecê-lo, e um dia tive esse grande privilégio, mas antes gostaria de citar um de seus últimos pensamento sobre Icapuí:

“Meu amor por Icapuí foi, é e será sempre leal e fiel; nossa querida aldeia está agora no rumo e direção certas. O olhos do povo voltaram a brilhar - renasceu a esperança em dias melhores -, até mesmo as palhas dos coqueiros estão mais verdejantes... Paraíso belo e encantado que conta comigo antes mesmo da emancipação; emancipação que eu, embora modestamente, dei minha participação.”

Esse homem de poucas e sábias palavras é Aldezuir Damião Rebouças Júnior, mais conhecido como Júnior de Aldezuir, meu querido primo. Em poucos momentos que tivemos trocando ideias, cheguei à conclusão de que Icapuí conheceu muito pouco desse grande homem, que sua personalidade forte o impedia de demonstrar ao povo de nossa cidade o quão criativo e inovador eram seus pensamentos, um homem de visão, mente crítica e aguçada, ideias concisas e objetivas de um visionário. Você que está lendo este texto pode pensar que se trata de um relato carregado de emoção por ele ser meu parente, mas os que conheceram Júnior sabem que é um relato fidedigno de um cara que a meu ver era Genial. E como todo gênio, parte precocemente, mas vivendo com intensidade. Talvez poucos tenham tido a oportunidade de conviver com ele, mas uma coisa é unânime entre os que o tiveram a oportunidade de conhecê-lo: ele pode ter partido, mas seus ideais permanecerão vivos em nossos corações.


Por: Jakson Ney e família

Um comentário:

lucila disse...

JUnior de Aldzuir descanse em paz, estava na hora, pois Deus te chamou para perto dele. Meus sentimentos a suas filhas e familia.