Icapuí, terra de grandes
homens, cada um a sua maneira deixam marcas indeléveis em nossa história. Uns
carregaram balaios de sal nas costas, homens de garra, corajosos, verdadeiras
máquinas incansáveis, trabalho para poucos; outros, por sua vez, carregaram e
ainda carregam um fardo tão ou mais pesado que um balaio de sal, trata-se de
algo que poucos tem a coragem e a capacidade para sustentar, esse elemento tão
importante são os IDEAIS. Ideais de liberdade, justiça, honestidade, sabedoria,
compaixão entre outros. Os ideais são elementos tão especiais que em sua
essência são eternos, perderam sua efemeridade ao fundir-se com a personalidade
do indivíduo que os carregam. A
literatura usa com frequência o termo suor para designar trabalho, porém esse
suor nem sempre se retrata ao seu sentido físico-biológico, mas sim suor em um sentido
figurativo para representar a luta, a resistência e, sobretudo a perseverança. Por
isso podemos afirmar que tantos os homens do sal como os homens dos ideais
deram o suor por nossa terra.
Uma vez eu ouvi relatos da
existência de um grande homem, um sábio que usava com maestria as palavras pra
expressar seus pensamentos, era um desses homens que pregavam ideais. Mas meu
parecer sobre ele limitava-se ao que eu ouvia e de poucos textos de sua autoria
aos quais tive acesso. Confesso que vivi por um tempo no anseio de conhecê-lo,
e um dia tive esse grande privilégio, mas antes gostaria de citar um de seus
últimos pensamento sobre Icapuí:
“Meu amor por Icapuí foi, é e será sempre leal e fiel; nossa querida aldeia está agora no rumo e direção certas. O olhos do povo voltaram a brilhar - renasceu a esperança em dias melhores -, até mesmo as palhas dos coqueiros estão mais verdejantes... Paraíso belo e encantado que conta comigo antes mesmo da emancipação; emancipação que eu, embora modestamente, dei minha participação.”
Esse homem de poucas e sábias
palavras é Aldezuir Damião Rebouças Júnior, mais conhecido como Júnior de
Aldezuir, meu querido primo. Em poucos momentos que tivemos trocando ideias, cheguei
à conclusão de que Icapuí conheceu muito pouco desse grande homem, que sua
personalidade forte o impedia de demonstrar ao povo de nossa cidade o quão
criativo e inovador eram seus pensamentos, um homem de visão, mente crítica e
aguçada, ideias concisas e objetivas de um visionário. Você que está lendo este
texto pode pensar que se trata de um relato carregado de emoção por ele ser meu
parente, mas os que conheceram Júnior sabem que é um relato fidedigno de um
cara que a meu ver era Genial. E como todo gênio, parte precocemente, mas
vivendo com intensidade. Talvez poucos tenham tido a oportunidade de conviver
com ele, mas uma coisa é unânime entre os que o tiveram a oportunidade de
conhecê-lo: ele pode ter partido, mas seus ideais permanecerão vivos em nossos
corações.
Por: Jakson Ney e família
Um comentário:
JUnior de Aldzuir descanse em paz, estava na hora, pois Deus te chamou para perto dele. Meus sentimentos a suas filhas e familia.
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