sábado, 8 de agosto de 2009

Conflito no Mar, mais um capítulo

Esta semana mais um acontecimento do Conflito entres os pescadores de lagosta em Icapuí, que desde junho causam grande tensão no município, com a apreensão e queima de três barcos de pesca de lagosta.

O motivo desse conflito é, em primeiro lugar, a crise do preço da lagosta que está no patamar de 30 reais o quilo e a imposição dos Estados Unidos de só comprarem lagosta com 14 cm de cauda. Com preço baixo tem-se que pegar mais quilos de lagosta para compensar o rendimento dado antigamente e como a quantidade de lagosta no mar de Icapuí não da conta da quantidade de barcos e pescadores, vem a problemática dos métodos de pesca.

Em Icapuí existe pescadores que pescam de maneira artesanal, utilizando os manzuás, que são os únicos apetrechos de pesca permitidos por lei. E existe os pescadores que tem arrecifes artificiais, as chamadas marambaias e que para capturar a lagosta utilizam de mergulhadores que respiram ar pelo motores compreensores de ar, que são métodos ilegais de pesca da lagosta.

Diante disso e devido a crise do preço da lagosta, iniciou-se esse conflito dos redondeiros (pescadores que pesca artesanalmente) e dos barrinheiros (pescadores que pescam com compreensor). A alegação para o início do mesmo é a invasão dos barrinheiros no mar da redonda, onde os pescadores de lá depositam seus manzuás e que os mesmos com os mergulhadores tiravam as lagostas dos manzuás do redondeiros. Isso estava afetando, segundo os redondeiros, a sobrevivência dos pescadores da Comunidade.

Houveram várias tentativas de criação de um acordo entre os pescadores de Icapuí, sendo uma presença marcante da Câmara de Vereadores no processo de intermediação, mas que não deram em nada.

Ultimo episódio desse conflito foi realizado essa semana, com um afundamento de um pequeno barco de pesca no mar da Redonda.

Essa questão da pesca da lagosta em Icapuí está tornando insustentável e o que é pior é que vemos as autoridades que deviam ser competentes omissas, somente em seus pedestais com seus discursos vazios que efetivamente não resolvem o conflito e que com o andamento do problema poderá haver mais danos ao patrimonio alheio e poderá haver inclusive mortes. A população espera uma resposta efetiva das autoridades municipais, estaduais e federal para resolver o problema.

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