sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ação - Turismo comunitário é alternativa de renda no litoral do Ceará

O programa Ação com Serginho Groisman com as ações da Fundação Brasil Cidadão em Icapuí será exibido neste sábado (23/04) às 7h30 pela TV Globo.

Na região de Icapuí, a Fundação Brasil Cidadão dá apoio e capacitação para famílias da região desenvolver a atividade. O projeto também atua na conservação ambiental.


O turismo comunitário é uma alternativa no complemento de renda de famílias na costa do Ceará. O Instituto Brasil Cidadão oferece apoio, informação e capacitação para as comunidades desenvolverem a atividade. Icapuí fica no litoral leste do Ceará. São 64 km de praias, muitas delas ainda pouco exploradas.

“Turismo comunitário é um termo usado em relação ao turismo sustentável, que é gerido pela própria comunidade, onde as pessoas que moram aqui têm uma renda alternativa vinda do turismo. A gente tem uma relação muito estreita com a natureza. O turismo comunitário está muito ligado a preservação da natureza, de falésias de dunas que têm nessa região”, explica o coordenador do projeto de turismo comunitário de Ponta Grossa, Eliabe Silva.

No turismo comunitário, a hospedagem é nas casas das famílias. “Eu recebo gente de tudo que é canto, do Rio de Janeiro, Natal, Fortaleza, Aracati, São Paulo, Estados Unidos, da Suíça. Eu tenho meu caderno com tudo anotado. O turista tem deixado muita renda. A gente vivia só da pesca. Hoje, através do turismo, Ponta Grossa tem se tornado um lugar que ajuda as famílias”, conta a dona da Pousada Familiar, Maria Santana da Silva.

O Instituto Brasil Cidadão dá assessoria e capacitação nas atividades de turismo. Esse preparo faz diferença nos negócios. “A gente cozinha para os turistas que chegam. Fazemos lagosta, o robalo, filé e parairacó”, explica a cozinheira Irene da Silva. O curso trouxe noções de higiene, atendimento, preparo e apresentação dos pratos.

Um dos grandes diferenciais dessa rota turística dessas mulheres é que a cozinha é embaixo de uma árvore, de um cajueiro, e a mesa onde é servida a comida, também.

“Esse desejo de transformação social, de ver a comunidade organizada, de ver a comunidade desenvolvida, é que tem instigado e estimulado essas mulheres a serem protagonistas. A partir disso, começaram a se organizar e pensar em uma atividade econômica de baixo impacto que pudesse também ser um complemento de renda. Pensaram em algumas alternativas, e a mais significativa, a mais parecida com a realidade delas, foi a da gastronomia. Descobrimos um grande potencial e uma grande referência dessas mulheres que é a galinha caipira com coco. É a única comunidade que faz esse prato com a sobremesa de cocada com o coco”, relata a coordenadora de projetos sociais Ana Paula Lima.

Há também outro grupo de mulheres que trabalha com a produtividade. O grupo “Mulheres costurando com arte” fica localizado na comunidade De Olho d´Água. É um grupo que tem aproximadamente dez mulheres. “A gente trabalha com almofada, tapete com jogo americano, com bolsa. Entra crochê, entra bordado, na mão, na máquina”, explica a costureira do projeto, Sandra Renudia Lima.

Quem vive a beira-mar convive diariamente com o movimento das dunas e marés. Há 30 anos, Josué Crispim recolhe objetos que aparecem na região. As peças fazem parte de um pequeno acervo pessoal, que é aberto aos turistas. “Esse material é um material pré-histórico, que é as facas do povo primitivo daqui. Eles cortavam com isso e escamavam peixe. É uma grande memória você ter isso na sua comunidade para um povo futuro e outra geração que deve vir”, conta.

Para evitar o impacto nas áreas naturais, a relação entre o meio ambiente e o turismo precisa de equilíbrio e guias conscientes. E para ver de perto toda essa beleza, é preciso preparo físico. Uma trilha conduz o turista para um passeio de conhecimento e encantamento. “Mais à frente da trilha, há outro mirante, tem outra visão do sol, da praia. Se descer a praia, encontramos um declive de 90 graus. É bem legal.”, fala o guia Oséias Freitas.
Oséias foi capacitado pelo instituto para ser guia. “Durante o percurso, as placas indicam a Mata de Tabuleiro, que existe na região. Há variedades de plantas nativas”, explica.

Um comentário:

Yone disse...

parabens anderson,pelo seu trabalho e desenpenho,muito boa a materia.