Por Cristine Negrão, 06 de setembro de 2010
O Projeto Manatí da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossitemas Aquáticos (Aquasis) executou mais uma etapa do Programa de Monitoramento de Praias (PMP) e Campanha de Informação Ambiental, na última semana de agosto. O Projeto Manatí teve início em janeiro de 2010, e é executado pela Aquasis e SESC Ceará, com o patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental.
O objetivo do PMP é monitorar sistematicamente trechos de praia do litoral do Ceará, registrando encalhes de botos, baleias, golfinhos e peixes-bois, vivos e mortos. Os animais mortos são medidos e analisados para determinação da espécie, sexo e classe etária. Além disso, quando o estado de conservação da carcaça permite, investigações sobre a causa da morte são efetuadas para verificar se esta foi causada por ação humana ou se foi natural. Animais encontrados vivos são resgatados pela equipe do Projeto Manatí e encaminhados para soltura imediata ou reabilitação em sistema de cativeiro natural ou nas instalações do Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos (CRMM), no SESC IParana, em Caucaia.
Durante a Campanha de Informação Ambiental é efetuada afixação de cartazes com o telefone de resgate da Aquasis e também o contato com moradores das comunidades, que irão atuar como colaboradores nos casos de encalhe na sua região. Esta é a sexta viagem de monitoramento, e cobriu o trecho de praia compreendido entre Patos (município de Amontada) e Iparana (município de Caucaia), num total de 172,6 km de extensão. Durante a viagem, a equipe composta pelo médico veterinário Vitor luz e a bióloga Cristine Negrão registraram seis carcaças de boto cinza (Sotalia guianensis) em adiantado estado de decomposição, sendo um indivíduo na praia de Patos, um indivíduo em Caetanos, dois animais em Icaraí do Norte e dois na praia da Pedra Rasa. Por causa da avançada decomposição, a determinação da causa da morte não foi possível.
No entanto, os pesquisadores da Aquasis acreditam que os encalhes podem estar relacionados a interações negativas com artes de pesca na região, em especial com redes de emalhe. Ao longo do trajeto também foi possível constatar que zona costeira encontra-se fortemente impactada por lixo de origem doméstica (principalmente por produtos plásticos) e oriundo das atividades de pesca (restos de corda, isopores e redes de pesca). O próximo trecho a ser monitorado pelo Projeto Manatí, em setembro, será a Região Metropolitana de Fortaleza, desde o Pacoti até a Barra do Ceará.
No entanto, os pesquisadores da Aquasis acreditam que os encalhes podem estar relacionados a interações negativas com artes de pesca na região, em especial com redes de emalhe. Ao longo do trajeto também foi possível constatar que zona costeira encontra-se fortemente impactada por lixo de origem doméstica (principalmente por produtos plásticos) e oriundo das atividades de pesca (restos de corda, isopores e redes de pesca). O próximo trecho a ser monitorado pelo Projeto Manatí, em setembro, será a Região Metropolitana de Fortaleza, desde o Pacoti até a Barra do Ceará.Informações: (85) 3318-4911
Fonte: AQUASIS
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