segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cascavel assume 2ª posição, Icapuí é a 9ª cidade que mais exporta


Com desempenho surpreendente, Cascavel assume a 2ª posição no volume de exportações do Estado, no acumulado de janeiro a setembro deste ano. O município só ficou atrás da Capital cearense. O crescimento das vendas de castanha de caju foi o principal responsável pelo bom resultado da cidade interiorana. Os dados estão contidos nas balanças comerciais dos Estados e Municípios brasileiros, divulgados na última semana pelo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Segundo o levantamento, em igual período do ano passado, Cascavel era a 3ª colocada no ranking das cidades cearenses que mais contribuíram para as negociações de produtos com destino ao mercado externo. O município saltou para a 2ª posição, com o volume de US$ 93,9 milhões, ficando atrás somente de Fortaleza que atingiu a marca de US$173,6 milhões. A cidade ultrapassou Maracanaú (US$ 92,9 milhões) e se manteve a frente de Sobral (US$ 92,5 milhões), que continuou no mesmo 4º lugar de 2008.

Para Eloísa Bezerra, economista do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), a castanha de caju é a grande responsável pela evolução de Cascavel no ranking. "A amêndoa é produzida durante o 2º semestre. Portanto, o que foi negociado em 2009 é fruto da boa produção dos últimos meses do ano passado", disse Heloísa, considerando que as fortes chuvas pouco influenciam nesse tipo de cultura, em virtude da sazonalidade da safra.

Entre as dez maiores exportadoras do Estado, Itapajé (US$ 40,8 milhões) se manteve em quinto lugar, Caucaia (US$ 27,3 milhões) saiu da sétima para a sexta posição, ganhando a posição de Horizonte (US$ 26 milhões). Icapuí (US$ 25 milhões), em 9º, e Aquiraz (US$ 21,6 milhões), em 10º, mantiveram os mesmos desempenhos de ambos os períodos.

De acordo com as informações do MDIC, em sete das dez cidades cearenses que aparecem no topo do ranking, houve queda nas exportações. Segundo Heloísa Bezerra, economista do Ipece, a turbulência mundial inibiu as negociações do Estado com os países estrangeiros.

"A crise internacional prejudicou alguns dos principais produtos da pauta. Grandes importadores como EUA reduziram suas compras. No entanto, já podemos perceber que a recuperação da economia - como o aumento no número de empregos - está trazendo otimismo para as empresas do Ceará".

Ela destacou o setor de calçados como um dos que mais sofreram redução nas exportações, mas já há uma luz no fim do túnel. "No Ceará, só em setembro, segundo o Caged, os empresários ofertaram 1.892 empregos. É um bom indício de melhoras", pontua a economista.

fonte: diariodonordste.com.br

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