terça-feira, 23 de novembro de 2010

Artigo: RESISTÊNCIA A APARTAÇÃO

Escrito por Celestino Cavalcante

Quando era criança morando la no interior de Grossos-RN, meu pai cuidava de gado e os bezerro quando chegava numa cerda idade, era apartado da vaca, para que o animal pudesse viver de forma independente, e a mãe iniciasse um novo ciclo, no começo era meio difícil para o filhote, perdiam peso, mais depois costumavam e tudo se ajeitava.

Coloquei este exemplo dos meus tempos de criança, para falar de uma turma de “políticos e/ou lideranças” que não consegue se apartar do poder entra governo e sai governo e eles atracado nos peitos da administração publica, esta é uma pratica comum, também em nosso município, são cidadãos que nos 25 anos de emancipação do nosso município estiveram sempre desfrutando dos benefícios do poder, essas pessoas são ate chamados de tapiocas, pois viram de lado de acordo com as conveniências, não precisamos retornar muito no tempo para lembrarmos de casos como: a eleição de prefeito de 2000, a eleição para presidente da câmara em 2005, e demais casos conhecidos da população.
 



Desde a chegada de Cabral, temos a troca de favores permeando a coisa pública. Lá por 1500, foi Caminha que pediu ao monarca português uma acomodação no governo para um de seus parentes. Passados 400 anos, durante a chamada República Velha, institucionalizou-se as chamadas política dos coronéis e dos governadores, onde ambas baseavam-se na troca de favores no governo para conseguir o apoio político das oligarquias locais. Mais de 500 anos depois, continuamos no mesmo caminho ou descaminho de Caminha. Apoiar o governo em qualquer instância, tem que ter a moeda de troca da indicação política para ocuparcargos no poder público. A estrutura dos governos municipais, estaduais e federal está abarrotada desses sanguessugas dos recursos públicos. Muitos deles até sem trabalhar.

Há até gestores que aumentam cinicamente o tamanho da máquina só para poderem fazer mais barganhas às custas do erário publico.

O mais interessante dessa degradante pratica é que essas pessoas que trocam de partido e de lado, alguns inclusive mais de uma vez a cada pleito ou ate mesmo no decorrer das administrações, é que este são as chamadas “lideranças políticas” do município. Liderança - é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização - belo exemplo de ética positiva, de geração de resultados, tem dado essas pessoas para os cidadãos comuns que apenas votam no dia da eleição.

É preciso que a população repugne essa pratica que não atende aos interesses da coletividade e sim ao interesse individual daquele que insiste em não se apartar das tetas do poder como forma de manter os familiares, amigos e correligionários empregados no serviço publico. Essa é uma pratica nociva a administração publica, pois engessa o setor publico de forma que este não recebe a devida oxigenação em termos de novos quadro de pessoal quando exercida um dos patamares mais importantes da democracia que é a alternância de poder. 

Acredito que existem políticos descentes em qualquer canto do mundo, mas duvido que este possam fazer um bom trabalho quando estão cercados de corruptos e ‘mamadores das tetas’ do poder público.

Parafraseando, Luther King, eu digo que tenho um sonho de que Icapuí saia do primitivismo político baseado nas relações promíscuas entre o executivo, legislativo e as “lideranças políticas”.

5 comentários:

Prof. Mauro disse...

Infelismente caro Clestino, a política ainda tem esses nuances. Pena que parte de nossa população ainda não enxergue que a troca de favores dentro da administração pública é algo que deixa sérias consequências para o povo, pois basta vermos nossa cidade, desprovida dos recursos mínimos para uma sobrevivẽncia digna. Estamos indo a beira do abismo, pois não se faz mais política em Icapuí, e, sim politicagem barata e das mais chulas possíveis. Não se emprega pela qualificação mais sim pela adulação. Isso é algo a ser refletido, pois nossa cidade está a muitos anos a deriva e ainda não conceguiu se encontrar com ela mesma. Acorda povo de Icapuí, está mais do que na hora de tomar novamente a direção dessa barca.

Professor Wellington Pinto disse...

Todo mau pagador é bom cobrador, todo crítico não gosta de receber críticas; o nobre "professor" critica a administração quando o sindicato é casa da mãe Joana,a muito tempo o sindicato perdeu seus rumos como entidade, hoje é um partido político que tem como objetivo eleger Marcos Nunes a prefeito e o atual presidente vereador e presidente da Câmara Municipal de Icapuí. Os funcionários da prefeitura amargam na esperança de dias melhores que não virá via sindicato.

joao disse...

Caro professor W.P esses dois rapazes estão se achando, eles não querem antes de Dilma assumir serem presidente e vice da república? Pelo que tenho ouvido e lido de um desses dois camaradas citados, se isso acontecer o Sr. está lascado, eles vão le colocar para trabalhar. Comece a fazer campanha para que isso não venha a acontecer!!!!

Blog do Vereador Marcos Nunes disse...

Toda opinião cabe reflexão.Opinião despropositada e oportunista como esta de que o sindicato é um partido político é no mínimo, inoportuno, é uma visão tucana com remela de pomba socialista que esta sem rumo. Respeitar o sindicato e os seus dirigentes seria mais apropriado, discordar das suas ações tudo bem, mas então porque não participa das Assemblêias e expõe suas opiniões e tenta fazê-las com que elas tenham valor?

A Cidade Icapuí disse...

Prezados Senhores,

Eu e meu colega Adolfo, chegamos a um impasse diante da avaliação de alguns comentários antes de torná-los público.

Primamos pela liberdade de expressão e livre exposição das opiniões de nossos leitores, porém, referente a este artigo, percebemos uma certa "exaltação" dos ânimos no uso de algumas expressões e palavras que podem, de alguma maneira soar ofensiva, tantos aos diretamente citados no texto como aos demais leitores, que assistem a um duelo incompreensível para quem não conhece os "imbróglios" originários dessa querela.

Sinceramente, ficamos na dúvida entre publicar ou não, e pedimos a compreensão dos autores dos comentários em questão, caso decidamos não publicar.

Nossa intenção é garantir que o blog continue desempenhando seu papel informativo de maneira salutar, neutra e isenta de qualquer responsabilidade de fatos gerados por terceiros.

No entanto, incentivamos a continuidade do debate, mas tendo como base a civilidade e o respeito, principalmente aos demais leitores.

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