quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Escola Gabriel: Biodiversidade é tema da 13ª Feira de Ciências

A Escola Gabriel promove desde ontem sua 13ª Feira de Ciências, Arte e Cultura, com o tema "Biodiversidade". O tema ganhou importância na programação da escola por 2010 ser o Ano Internacional da Biodiversidade e por ser esse um assunto em voga em todas as rodas de debates e agendas políticas dos governos e entidades de proteção ambiental em todo o planeta.

A Feira mistura elementos didáticos para exercitar a criatividade dos alunos transformando conhecimentos teóricos em experiências práticas. Paralelo a isso, atividades artísticas e culturais complementam a programação durante os dois dias em que todos respiram saber.

O grupo de alunos coordenado pelo professor João Paulo, mostrou a biodiversidade do manguezal de Icapuí. Destacaram a importância da Estação Ambiental Mangue Pequeno para a preservação dos 25% que restaram da área de mangue nativo. Fizeram uma maquete da passarela construída há poucos meses pelo projeto e enfatizaram o trabalho de replantio de mudas de mangue.

Nos demais estandes, pudemos observar a diversidade de temas abordados pelos alunos. O foco principal são os elementos da natureza, suas transformações e os impactos da ação humana nos ambientes naturais. 

Vejam os trabalhos que mais chamaram a atenção, clicando em Leia Mais:

Biografia das Ruas

O professor Wellington Pinto desenvolveu com seus alunos o projeto de resgate biográfico dos homenageados com seus nomes nas principais ruas e avenidas de Icapuí. Segundo  o professor, poucos são os que sabem a história das pessoas que dão nomes às ruas. A pesquisa foi feita pelos alunos que montaram um painel com fotos antigas, de cidadãos icapuienses ilustres e/ou familiares, e um breve relato das realizações feitas por essas pessoas que os tornaram merecedores da homenagem. O professor Wellington diz ainda que, pretende ampliar a pesquisa e colher mais material sobre a história dessas pessoas.

Eu, Robô


Todos comentavam sobre o "robô". Trata-se na verdade de um braço mecânico movido por pressão desenvolvido pelo professor Cleriston Bezerra e seus alunos. O "robô" realizava vários movimentos, inclusive abria e fechava a "mão" e pegava objetos. Um dos alunos tentou me explicar o funcionamento do "bicho" e discorreu uma lista interminável de conceitos e leis da Física (Pascal, pressão, atrito, mecânica, etc). O fato é que, os meninos conseguiram uma proeza: aplicar conceitos simples da Física no desenvolvimento da robótica. O projeto do "robô" participará amanhã de um festival de ciências na cidade de Russas-CE. 

Reciclando o reciclável


Alguns grupos ressaltaram a importância da reciclagem e reaproveitamento de materiais. Exemplo disso é a cola caseira, feito com produtos facilmente encontrados na cozinha. As meninas do papel reciclado mostraram todo o processo de reaproveitamento de papel inutilizado. Com o novo papel, produziram embalagens, agendas, cadernos e porta-retratos, tudo reciclado e reciclável. O grupo "Fazendo Sabão" utilizou  sobras de óleo comestível e outros ingredientes para produzir sabão em barra, muito usado para lavar roupas. E acreditem, não vi diferença nenhuma do sabão comprado em mercearias.

Fauna, flora e a extinção do homem


A riqueza da nossa fauna e flora foi mostrado por muitos grupos, porém, a atenção era voltada principalmente para o risco de extinção de algumas espécies, entre eles o peixe-boi marinho. O grupo "VI Extinção - o mundo sem nós" fez uma projeção sobre como seria o mundo se o homem deixasse de existir. Os alunos se basearam na teoria das "Eras Glaciais" que exterminaram muitas espécies que habitavam a terra há milhões de anos. Inspirados no filme "Eu sou a lenda", os alunos apresentaram a maquete de uma cidade sem seres humanos: os animais e os vegetais dominariam as estruturas físicas e as adaptariam ao novo ecossistema, e vice-versa.

Vento, ventania


A energia eólica foi tema de dois grupos. O primeiro fez um comparativo entre os impactos ambientais ocasionados pela instalação de uma usina eólica na comunidade do Cumbe, em Aracati, e os possíveis malefícios que esse tipo de empreendimento trará para Icapuí. Sabemos que está previsto a implantação de usinas desse tipo por aqui, que aguardam apenas a liberação de órgãos ambientais para iniciarem suas atividades. O grupo visitou o Cumbe recentemente e viram as perdas que a comunidade sofreu. O turismo foi o mais atingido, já que as áreas de dunas, maior atrativo turístico, foram isoladas para abrigar as torres das hélices. 

O grupo "Transforms of Energy" montou uma mini-usina eólica. Utilizaram motor de carro de brinquedo como turbina, que movida pela força do vento (um secador de cabelo) gerou eletricidade suficiente para acender pequenas lâmpadas e um celular ligados ao circuito elétrico montado.

Ações e reações

No "Show da Química" vimos reações que explodiam, movimentavam partículas, fogo colorido, fogo que não queimava e a "Internet que dá gosto". Explico: os meninos utilizaram uma embalagem de Nescau vazia como antena para captar sinal wireless de internet - e funcionava. Outra curiosidade foi o "Cassino Químico" desenvolvido pelos alunos e o professor Carlos Júnior. O mesmo sentiu a necessidade de criar um método de ensino mais interativo que facilitasse a assimilação do conteúdo da disciplina de maneira mais fácil. Foram criados jogos utilizando elementos da tabela periódica e fórmulas químicas.

A Feira encerra hoje a noite, com apresentações de danças, teatro, cinema e uma discoteca, para festejar o esforço dos alunos, a participação dos visitantes e a soberania do conhecimento neste evento tão rico de ideias e aprendizado.

Parabéns a todos que fizeram parte da Feira.

Um comentário:

mari paulista disse...

Parabéns alunos(as) e professores(as) da Escola Gabriel pelos trabalhos tão interessantes! Educação se faz assim: com perguntas, problematizações,busca da compreensão e, quiçá, a possibilidade de solução, principalmente daquilo que está mais próximo de nós e muitas vezes fica sem questionamentos!