quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Diário do Nordeste: Ministro apoia projeto de carcinicultura comunitária

Foto: Divulgação
Em visita ao Estado do Ceará, o Ministro da Aquicultura e Pesca, Luiz Sérgio Nóbrega, visitou diversos projetos de cultivo de lagosta e camarão. Em Cascavel, o Ministro conheceu a produção de lagosta viva criada em tanques e tendo a sustentabilidade como principal diretriz a ser seguida. Em Icapuí, o projeto visitado foi o de criação de camarão em caráter comunitário.

Veja a seguir, o trecho da reportagem publicada no Diário do Nordeste - Regional que fala sobre a visita do Ministro Luiz Sérgio a Icapuí.

Diário do Nordeste - Regional
18.10.2011
CRIAÇÃO DE CAMARÃO

Ministro apoia projeto de carcinicultura comunitária

Ainda na agenda de Luis Sérgio, ele conheceu o projeto de carcinicultura comunitária em Icapuí
"Quando o projeto se iniciou é muito provável que tenha havido abusos contra o meio ambiente. No entanto, devemos aprender com os erros, porque tenho a convicção de que é possível uma criação de camarão de forma sustentável".

A afirmação é do ministro Luiz Sérgio Nóbrega, ao comentar a visita à Icapuí, onde também conheceu o projeto de carcinicultura comunitária, que vem sendo desenvolvida na Praia de Redonda.

A iniciativa já conta com o apoio do Governo Federal, por meio da Fundação do Banco do Brasil, que financia a iniciativa atendendo 25 famílias. Essas atuam em 25 hectares, na produção de camarão.

Contudo, Luiz Sérgio disse que os acertos obtidos em Icapuí despontam para uma expansão do projeto. Atualmente, existem cerca de 300 hectares de terras onde antes funcionavam salinas, e que podem servir para a criação de camarão em cativeiro, sem agressões ao meio ambiente.

Correções
"Os erros do passado devem ser corrigidos, porque tenho a convicção de que podemos manter a atividade, sem agredir a ecologia. Os equívocos aconteceram por desconhecimento, o que não é o nosso caso no momento", acrescentou o ministro.

Ele criticou a forma como se tem generalizado as práticas predatórias praticadas em alguns setores da carcinicultura. Ele disse que há exemplos bem sucedidos e esses devem espelhar para que a atividade se desenvolva ao longo do litoral do Estado e outras regiões.

Impacto
"Temos que considerar o impacto econômico que isso representará para muitas famílias instaladas no litoral e nos rios. Se em Icapuí a iniciativa já favorece 25 famílias, imagine o que poderemos obter quando chegarmos a uma meta de 300 famílias", disse Luiz Sérgio.

Para o ministro, o Governo Federal pode participar com apoio financeiro aos projetos, além da assistência técnica. Ele disse que a exemplo do que acontece com o Projeto Lagosta Viva, que tem crescido na Caponga desde 2009, espera que a carcinicultura se desenvolva ao longo do litoral do Ceará. Além de Icapuí, também há áreas salinizadas em Camocim.

Hoje, no último dia da visita ao Ceará, o ministro estará em Camocim, no extremo Litoral Oeste do Estado, onde visitará o Terminal Pesqueiro Público, em Itarema e Acaraú. No primeiro, pela manhã, participará do lançamento do selo verde do Camarão em Acaraú. Depois, visita o Centro de Pesquisas em Aquicultura Rodolph Von Lhering, em Pentecoste.

Solução
"Durante muito tempo, gente do Sul e Sudeste do País via o Nordeste como um problema. Atualmente, estamos percebendo que é a região da solução. Não apenas porque tivemos bons presidentes, como Lula e agora Dilma, que fez o Brasil avançar, mas porque o povo passou a ter mais esperança", disse o ministro.

Ele lembrou que a região apresenta várias oportunidades de emprego e renda. Citou como exemplo a instalação de estaleiros em Pernambuco, bem como a possibilidade de mais negócios ligados à pesca.

Luiz Sérgio lembrou que as reivindicações ouvidas no Ceará serão refletidas por sua equipe no Ministério. "Temos ouvido falar muitos nos conflitos envolvendo os pescadores de lagostas. Infelizmente, são práticas antigas, mas isso não vai nos inibir em buscar uma saída", afirmou. Ele disse que a própria expansão do litoral cearense, com mais de 540 quilômetros, dificultam uma operação de fiscalização mais ostensiva, além de ser de alto custo.

Benefícios300 famílias deverão ser beneficiadas com a expansão do projeto de carcinicultura comunitária, em Icapuí. As atividades ocorrerão em 300 hectares de terras, onde antes funcionavam salinas.

Marcus Peixoto
Repórter



Veja a reportagem completa no Diário do Nordeste clicando aqui.

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