quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Projeto Memória Viva da Fundação Brasil Cidadão participa do III Teia da Memória


Entre 15 e 17 de dezembro, encontro reunirá representantes de museus comunitários na Maré

Com o objetivo de fortalecer ações comunitárias e promover o intercâmbio de experiências e idéias relacionadas à preservação das memórias locais, o Instituto Brasileiro de Museus - Ibram realiza, entre os dias 15 e 17 de dezembro, no Museu da Maré, no Rio de Janeiro, a III Teia da Memória.

O encontro reunirá representantes dos pontos de memória de cinco regiões do País, além dos pólos regionais do Brasil Memória em Rede, rede de instituições que valoriza o uso da memória como ferramenta de desenvolvimento social e cultural.

O primeiro encontro da Teia da Memória foi realizado em dezembro de 2009, em Salvador (BA), e reuniu mais de 200 pessoas. Em março de 2010, Fortaleza (CE) recebeu a II Teia da Memória, que marcou a integração dos Pontos de Memória ao Programa Cultura Viva, que também apoia os Pontos de Cultura.

Nesta terceira edição, além da troca de experiências e metodologias no trabalho com a memória, também haverá espaço para a construção coletiva das diretrizes que nortearão as ações dos Pontos de Memória em 2011. E, para ajudar nessas definições, serão ministradas palestras e promovidas mesas de debate.

O encontro é aberto ao público. O Museu da Maré fica na Av. Guilherme Maxwell, 26, Maré, no Rio de Janeiro, RJ (após o quartel do CPOR - passarela 7 da Av. Brasil).

Pontos de Memória Parceiros que participarão da III Teia da Memória

Fortaleza (CE)
  • Icapuí - Projeto Memoria Viva
  • Titanzinho
Belém (PA)
  • Ecomuseu da Amazônio
Rio de Janeiro (RJ)
  • Museu Sankofa, na Rocinha
  • Museu da Maré, na Maré
  • Museu do Horto, na Vila do Horto
  • Ecomuseu Dona Nega Vilma, no morro Santa Marta
  • Museu Vivo de São Bento, em Duque de Caxias – RJ

Programa Pontos de Memória

Resultado de parceria do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) com os Programas Mais Cultura e Cultura Viva, do Ministério da Cultura, Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça (MJ), e com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), o Programa Pontos de Memória apoia iniciativas e experiências de memória social em comunidades populares do País.

As ações são pautadas pelo protagonismo comunitário e pela gestão participativa e a idéia é que os pontos de memórias se consolidem como espaços que representem o conjunto da população, apresentando as diferentes narrativas dos moradores, suas trajetórias de vida, expressões culturais e anseios. A expectativa do Programa é que essas iniciativas de memória se tornem pontos de dinamização das atividades culturais e socioeducativas locais e espaços de referência para a comunidade na valorização da identidade cultural e territorial.

No momento estão em processo de consolidação 12 pontos de memória, situados em comunidades populares nas seguintes cidades: Belém - PA (Comunidade de Terra Firme); Belo Horizonte - MG (Comunidade do Taquaril); Brasília - DF (Comunidade da Estrutural); Curitiba - PR (Comunidade do Sítio Cercado); Fortaleza - CE (Comunidade Grande Bom Jardim); Maceió (Comunidade do Jacintinho); Porto Alegre - RS (Comunidade da Lomba do Pinheiro); Recife - PE (Comunidade do Coque); Rio de Janeiro - RJ (Comunidades do Pavão-Pavaozinho-Cantagalo); São Paulo - SP (Comunidade da Brasilândia); Salvador - BA (Comunidade do Beiru) e Vitória - ES (Comunidade do São Pedro).

Além dessas, o Ibram também apoia, por meio de oficinas de capacitação e visitas técnicas, iniciativas como o Ecomuseu da Amazônia, em Belém - PA, o Museu Sankofa, da Rocinha, e a Vila do Horto, no Rio de Janeiro, e o Museu Vivo de São Bento, em Duque de Caxias - RJ.

Museu da Maré

O Ibram passou a incentivar a criação de museus em comunidades populares devido à experiência inovadora e bem sucedida do Museu da Maré, no Rio de Janeiro.

Inaugurado em oito de maio de 2006, o Museu da Maré é resultado da vontade dos moradores de imergir no passado e de olhar para o futuro, na reflexão sobre as referências da comunidade, das suas condições e identidades.

O museu é um conjunto de ações voltadas para o registro, preservação e divulgação da história das comunidades da Maré, em seus diversos aspectos, sejam eles culturais, sociais ou econômicos. Envolve vários núcleos de ação que têm como centro a exposição permanente, mas que se desdobram em outras ações como a organização de acervo documental; a realização de pesquisa em história oral; o desenvolvimento de atividades lúdicas e educativas, como o grupo de contadores de histórias; além da realização de outros eventos diversos como exposições itinerantes, seminários, oficinas e produção de material temático.

Fonte: Blog O Cidadão do Bairro Maré com adaptações

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