segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Caminhada na Praia de Redonda pede paz

Notícia retirada do Jornal O Povo (21.09.2009)

Em meio ao clima de guerra, uma caminhada pela paz. Ontem, pescadores da Praia da Redonda, em Icapuí, saíram às ruas para protestar contra os conflitos que têm ocorrido na área. O último foi na sexta-feira, 19, quando um grupo de pescadores ocupou o prédio da Câmara Municipal e ateou fogo em equipamentos da cidade, que fica a 202 quilômetros de Fortaleza.

O grupo de pescadores que invadiu a Câmara Municipal é o que usa equipamentos proibidos para a pesca da lagosta, como o compressor. Eles são da sede e da Praia de Barreiras. Já os da Praia da Redonda fazem a pesca artesanal, em que se evita a captura da lagosta miúda com o uso de um equipamento chamado manzuá. O conflito entre os dois grupos teve início quando os pescadores da Praia da Redonda resolveram fiscalizar, por conta própria, o uso desses equipamentos proibidos.

Segundo os pescadores da Praia da Redonda, existia um acordo informal que limitava as áreas onde os barcos com compressores poderiam pescar. ``Mas eles desrespeitaram isso. Mergulharam com compressor na área onde tinha manzuá``, afirma Nildo José da Silva, vice-presidente de uma associação de pescadores na Praia da Redonda.

Irritados com o descumprimento do acordo, um grupo de pescadores teria apreendido dois barcos, queimado outros três e afundado um. ``Mas, agora, ninguém mais (da Praia da Redonda) quer briga. O que a gente quer é que se resolva o conflito. As autoridades precisam tomar providências``, diz Nildo, um dos organizadores da caminhada de ontem.

Na última sexta-feira, O POVO conversou com pescadores da sede de Icapuí que afirmaram estarem sendo ameaçados pelo grupo que trabalha na Redonda. Segundo eles, o protesto na Câmara Municipal também teve por objetivo chamar a atenção do poder público para o problema. ``O povo ainda está esperando resposta das autoridades. Quem é de uma comunidade não pode ir para a outra``, conta o vendedor Francisco Xavier Barbosa, que mora em Icapuí.

O coordenador de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rolfran Cacho Ribeiro, afirma que está mantendo fiscalização na área para combater a pesca predatória da lagosta.

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