segunda-feira, 10 de maio de 2010

VEREADOR MARCOS NUNES PRESTA HOMENAGEM A FIGURA HISTÓRICA DE JOÃO TAVARES DE SOUZA

Há exatamente 74 anos, no dia 10 de maio de 1936 foi assassinado na sede do Distrito de Ibicuitaba o militar João Tavares de Souza. Na época Icapuí não era emancipado e ainda pertencia à direção administrativa da Cidade de Aracati-Ce.

O desfecho da trágica história do Jovem João Tavares faz intersecção a organização dos trabalhadores das salinas norte rio-grandense, reportado por Francisco Guilherme de Souza, preso político da época que foi torturado e humilhado na prisão de Ilha Grande-RJ, ele menciona que havia também deixado o exército para reforçar a organização dos trabalhadores das Salinas da região de Mossoró-RN, Grossos-RN e Areia Branca-RN. As reuniões do movimento aconteciam no meio do mato e tinha como premissa lutar por melhores condições de trabalho, no denominado Sindicato do Garrancho, em meio a esse contexto o Partido Comunista do Brasil constituía a principal base ideológica para esses trabalhadores, era também o Rio Grande do Norte o palco da Intentona Comunista.

Ainda segundo Guilherme, citado pelo escritor Manoel de Freitas Filho em Seu Livro entitulado: Aldeia do Areial, a contribuição de João Tavares ao movimento “comunista” foi passageira, já quase no final do movimento que foi brutalmente combatido.

João não tem outra escolha, além de ser desertor do exército e por não ter forças para lutar, resolve fugir para o Ceará, encontrando abrigo no Berimbau. Apesar dele ser Fortalezense, tinha nesse lugar de Icapuí-Ce alguns parentes devido aos seus pais.

Nessa época a delegacia de Areias já contava com um plantel de soldados bem acima do normal. Em 10 de maio de 1936 militares chegam a Areias com a determinação de caçar vivo ou morto todos aqueles que contribuíram para o movimento dos trabalhadores, denominado pela elite da época, como os subversivos, bandidos de alta periculosidade.

Os militares iniciam uma procura incessante na fronteira entre RN-CE, fazem campanha para capturar, segundo eles,“os tais bandidos” que poderiam estar escondidos em território Icapuiense e dessa feita não foi difícil encontrar e efetuar a prisão de João Tavares o qual foi conduzido a Delegacia de Areias.

Ao meio dia do mesmo dia, na hora do almoço, João consegue fugir, possivelmente facilitado por outro militar simpatizante do movimento, o defecho da vida do Jovem de 23 anos, de 01 de abril de 1913, acaba nas proximidades da estrada que dá acesso a comunidade de Quitérias quando ele é alvejado pelo Cabo Domingos com um tiro de escopeta a queima roupa.

Graças à intervenção do pároco Padre Magalhães, João Tavares teve seu sepultamento no cemitério de Ibicuitaba, contam até que seu corpo ficou exposto quase três dias e que alguns militares pretendiam queimá-lo.

Atendendo ao requerimento do vereador Marcos Nunes, o escritor e historiador Manuel de Freitas Filho relatou a memória do episódio. Na ocasião o vereador Marcos Nunes que é do PCdoB solicitou a Presidência da Câmara que a última Sessão Ordinária realizada no último dia 07 de maio fosse celebrada em homenagem ao Amigo dos Trabalhadores do Sal: O Jovem João Tavares de Souza.

Fonte: SINDSERPUMI

Um comentário:

O Professor disse...

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