sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Artigo: O PÓS-ELEIÇÃO!

CELESTINO CAVALCANTE.
Presidente do PCdoB de Icapuí

A observação mascarada confirma que as eleições municipais, estaduais e federais em Icapuí são caracterizadas por uma intensa negociação de bens materiais, favores administrativos, e R$R$R$R$. Essa é uma prática antiga, ela ocorre dentro de determinados padrões recorrentes e são organizadas por integrantes da própria máquina de campanha de alguns candidatos e pelos famosos cabos eleitorais.

Na nossa cidade umas das evidências desse mal a sociedade, é também a ilícita "boca-de-urna", geralmente usada como disfarce para a compra de votos.
 
Diante desta realidade dos processos eleitorais, é preciso considerar que, além de cinzelar leis para punir os candidatos que trilham a senda da corrupção, é também imprescindível a necessidade de fazê-las em relação
aos eleitores. Muitos deles não simplesmente vendem o voto, mas o fazem de forma deliberada e repetida. Há até aqueles que vendem o mesmo voto para diversos candidatos ao mesmo cargo, achando eles que estão enganando alguém, quando na verdade quem está sendo enganado é ele próprio, o eleitor.

Mas passada as eleições e voltamos à vida real, os meus problemas de antes: falta d’água, de atendimento medico, atraso nos salários dos prestadores de serviços, falta de ônibus para os universitários, escolas sucateadas, esporte, turismo e cultura abandonados, tudo não passou de uma fantasia. Aquelas promessas e aqueles míseros R$R$R$ não resolveram os problemas sociais que a nossa gente é vítima até hoje.

È preciso mudar o curso da historia que vem sendo escrita no período que antecede as eleições em Icapuí, no ceará e no Brasil. Suas conseqüências se estendem além dos quatro anos dos mandatos dos que os conquistam desonestamente. Que decidamos extirpar do cenário político os que galgam tais mandatos em nome dos seus interesses individuais em detrimento dos interesse coletivos, valendo-se da carência dos milhares de eleitores sem condição de bem discernir, até pela fome ou por outra necessidade qualquer, mediante compra do seu voto, que ninguém venda o voto, que ninguém se cale a vista do uso da maquina administrativa e não só denuncie, mas acompanhe a efetiva punição do transgressor. 
 
È bem verdade que o eleitor tem por habito exigir honestidade dos políticos, todavia se recusa a praticá-la!

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