sábado, 30 de outubro de 2010

Artigo: Res publica – Escola Gabriel

 Res publica – Escola Gabriel

Escrito por José Wellignton da Silva Pinto
Professor


A República (do latim Res publica, "coisa pública") é uma forma de governo na qual o chefe do Estado é eleito pelos cidadãos ou seus representantes, tendo a sua chefia uma duração limitada. A muito tempo gostaria de fazer uma reflexão das instituições do Estado, escolhi uma instituição para fazer, no caso a escola Gabriel na qual trabalho e acredito que serei fidelíssimo nas  minhas  colocações, maneira de ajudar a escola e trazer à  tona uma reflexão de como nossos gestores gastam dinheiro público em obras, projetos e ensaios mal sucedidos.


Obras - faz um tempão que instalaram na escola duas colunas de mármore, a idéia do Estado é acompanhar a presença do aluno on-line, idéia interessante, só que faz muito tempo que essas pilastras foram colocadas e até agora nem sinal de operacionalidade. Foram feitos dois banheiros para deficientes e até “ontem” não terminaram esses banheiros, a nossa sorte é que na nossa escola não tem pessoas com deficiência física.

Projetos - o Estado gastou dinheiro e muito com o projeto do Primeiro Aprender, tal Projeto chegou à escola sem nenhuma discussão prévia e nem uma capacitação para os professores usarem esse material (apostilas), por falta de esclarecimentos e por as apostilas serem fracas em termos de conteúdo foram abandonadas, o professor voltou a trabalhar com o livro adotado pela escola, quem tem faturado é a gráfica.
Agendas foram distribuídas no começo do ano, simplesmente entregue, sem uma discussão pedagógica da utilização da mesma. O que aconteceu é que os alunos extraviaram as agendas, deram ou então encheram a agenda de pensamentos amorosos, hoje se procurar um aluno na escola que tenha a agenda é uma coisa raríssima, quem faturou foi a gráfica, faltou aos gestores explicarem a utilidade da agenda e cobrança para trazerem para sala de aula, todos sabem o quanto é importante no acompanhamento do aluno.

O laboratório de informática é bem equipado, sala bem iluminada, computadores novos, ar condicionado, bons profissionais, só que falta o principal, internet banda larga, o que temos na escola é banda curta, quando tem muitos alunos não se consegue navegar, prejudica a aprendizagem dos alunos porque as páginas da Web não abrem.

O laboratório de Ciências foi instalado em uma sala de aula, acredito que um laboratório seja montado em uma sala especial, com pia para lavar as mãos e equipamentos, extintores de incêndio, portas e janelas de emergência.O pior de tudo é que se monta uma laboratório sem as “soluções” necessárias, acredito que nem pissetas o laboratório possui, necessário na limpeza.Laboratório sucateado, serve de colírio para cegos verem.

O multimeio é outro espaço sucateado, não possui livros adequados e atualizados  para pesquisa, nesses dias  procurei um dicionário do Houaiss e não encontrei, procurei o Aurélio atualizado, nada, como se pode produzir conhecimentos sem o básico dos básicos, dicionário.Os equipamentos eletrônicos quebrados, um DVD em pleno funcionamento a escola não possui, dificulta uma aula diferente, fora das paredes da sala de aula.

Estamos ainda com quadro, giz e apagador, imagine os professores alérgicos para aguentar o pó, sulfato de cálcio, durante anos aspirando esse pozinho, creio que não seja salutar para os pulmões.

Enfim faço essas críticas a nível de escolas do Estado, creio que todas as escolas do Estado do Ceará estejam nessas condições.O nosso governador na sua primeira gestão demonstrou que não é amigo da educação, foi contra o piso e as horas a mais de planejamento, espero que nesse segundo mandato o Cid perceba a importância da educação para nosso Estado, é bom lembrar que educação é um meio poderoso de combater a pobreza.

Dedico esse artigo aos profissionais da educação, aqueles que sonham que é possível mudar o mundo pela educação.

Um comentário:

José Lima Dias Júnior disse...

O que faltal ao Governo do Ceará no quesito educação é a falta de prioridade. O que signfica dizer que sem prioridade não tem como avançar ou alcançar uma gestão de qualidade. Aqui, no RN, as coisas não são diferentes.