segunda-feira, 30 de maio de 2011

Diário do Nordeste: Projeto de Lei prevê criar Dia do Peixe-Boi em Aracati

Biólogos da Aquasis monitoram peixe-boi marinho
(Foto: Divulgação)
30.05.2011
Diário do Nordeste
Projeto de Lei prevê criar Dia do Peixe-Boi em Aracati (trechos)


Iniciativa em Aracati propõe que se considere o peixe-boi marinho um símbolo de conservação da biodiversidade

A preocupação de ambientalistas ganha força nos movimentos dos povos do mar e chega aos poderes públicos que os representam. Um bom exemplo é o projeto de lei que tramita para a criação do "Dia do Peixe-Boi" em Aracati. A Câmara Municipal aprovou a ideia em documento recomendando a Prefeitura Municipal a retorná-lo em forma de projeto de lei que possa ser aprovado. Com isso, o mamífero marinho com maior risco de extinção no litoral brasileiro ganha uma data própria para as campanhas de educação ambiental em seu nome.

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Estima-se que, na zona costeira brasileira (especialmente entre Alagoas e Amapá), existam tão somente cerca de 500 peixes-bois marinhos. "É um número muito pequeno. E Aracati está dentro da área de encalhe do peixe-boi. O Município registra alguns objetos de pesca que são perigosos para o encalhe. As campanhas começam a sensibilizar a população para a preservação desse animal", afirma a bióloga Cristine Negrão, da Aquasis". A baixa densidade gera outros riscos para esses mamíferos: Uma pequena população que se reproduza muito entre si, o que eleva o nível de consanguinidade, aumenta as chances de gerar um problema genético, a chamada endogamia. Então, se um peixe-boi não produz um determinado tipo de proteína, pode passar essa característica para os seus desdencentes. Os biólogos da Aquasis têm acompanhado as pequenas populações desse mamífero no litoral de Icapuí, para se avaliar o nível de consanguinidade.

Neste ano, houve resgate de aproximadamente 40 mamíferos marinhos, dos quais um era filhote de peixe-boi. Em 2010, foram resgatados outros quatro dessa espécie. Conforme já foi informado em edição passada do Bem Estar Animal, o encalhe de golfinhos é um dos mais frequentes. Em 2010, foram registrados 74 casos nas praias do Ceará. É uma média de três encalhes a cada duas semanas.

Para evitar o encalhe de mamíferos marinhos, bem como facilitar a reabilitação desses animais, a Aquasis capacita moradores e ambientalistas dos Municípios da zona costeira para o senso de preservação e proteção. Em Icapuí, são as ONGs Igarakuê, Associação Aratu e a Fundação Brasil Cidadão, que naquele Município apoia o projeto Mulheres de Corpo e Alga, já abordada em matéria deste Caderno. Em Aracati, um importante ponto de apoio é a ONG Recicriança, na localidade dos Estevão, em Canoa Quebrada.

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Confira a reportagem completa de Melquíades Júnior no site www.diariodonordeste.com.br

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