quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dedé Teixeira repudia decisão judicial sobre bloqueio de bens

 O deputado Dedé Teixeira (PT) criticou, na sessão da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (30/06), a decisão judicial de bloqueio dos seus bens. A medida foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF), que o acusa de cometer irregularidades na gestão de recursos federais direcionados à saúde em 2003 e 2004, quando era prefeito de Icapuí, no litoral leste.

Dedé disse ter sido pego de surpresa pela decisão e que ficou sabendo por blogs e jornais. O parlamentar reclamou por não ter sido notificado pela Justiça. Adiantou que vai ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), em Recife, tentar derrubar a liminar e reaver a disponibilidade dos bens.

A Mesa Diretora da AL já colocou a Procuradoria da Casa à disposição de Teixeira. “Tenho provas e quero me proteger. Não posso ser execrado dessa forma”, avaliou.

De imediato, o deputado recebeu o apoio de 10 companheiros de plenário. Cirilo Pimenta (PSDB) lembrou ter vivido episódio similar. Dois anos atrás, o tucano foi acusado de desvio de verbas previdenciárias enquanto cumpria o mandato de prefeito de Quixeramobim, no Sertão Central. “Vossa Excelência foi um grande prefeito. Foi um exemplo de como conduzir com transparência”, resumiu.

Manoel Duca (PRB) classificou a situação como “lamentável” e atribuiu o bloqueio dos bens a uma tentativa do MPF de “querer aparecer”. “Vossa Excelência pode até pedir uma indenização”, sugeriu, sendo complementado por Fernando Hugo (PSDB). Ele lembrou de quando avaliou gestões municipais durante CPI instalada na Assembleia, para tratar de educação. “Fui frio, iceberguianamente frio, mas não encontrei uma virgulação do que propagandeavam contra o Dedé. Ele era o mais limpo do Estado”, frisou.

Roberto Mesquita (PV) lamentou o fato de o Ministério não ter assegurado o direito de defesa do deputado - uma prerrogativa constitucional. “A execração pública de um nome é uma condenação antecipada difícil de ser reparada depois, mesmo que você seja inocentado”, sublinhou, reforçado por Antonio Carlos (PT): “conheço sua trajetória e sei da sua retidão”.

Welington Landim (PSB) considerou injusta a medida judicial contra Dedé Teixeira. “Existe uma gama de prefeitos corruptos e eu apoio as ações do Ministério Público. Mas é preciso cuidado para não jogar todos na vala comum”, citou, endossado por João Jaime (PSDB). “É essa generalização que faz com que as pessoas de passado de probidade sejam execradas”.

Heitor Férrer (PDT) defendeu a formação de uma comissão para avaliar os autos processuais do MPF contra Dedé e saber o porquê de o petista não ter sido notificado da indisponibilidade de bens. “Conte com minha valentia cívica para fazer uma representação no conselho do Ministério Público”, destacou. “Com a TV e FM Assembleia, o Ceará inteiro sabe que esta Casa está do seu lado”, emendou Gomes Farias (PSDC).

Maílson Cruz (PRB) ligou a denúncia do atual prefeito de Icapuí contra Dedé à proximidade das eleições municipais de 2012. “Existem outros casos como o seu. Mas a gente sabe da sua idoneidade”, disse.
BC/AM

Fonte:Agência de Noticias da Assembleia Legislativa do Ceará 

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