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| Imagem ilustrativa: internet |
Pesca Irregular
Nova apreensão de lagosta ilegal
Eram 20 embarcações irregulares, mas o Ibama só pôde prender uma, com seus cinco tripulantes, neste sábado
Icapuí O Ibama realizou novas prisões e apreensões na pesca ilegal da lagosta. É sinal de fiscalização, mas a fragilidade fica evidente porque o flagrante foi de 20 embarcações realizando a pesca predatória e somente uma pôde ser apreendida. Uma embarcação e seus cinco tripulantes foram detidos e o dono do barco multado. Enquanto diz que aumentou a fiscalização, o Ibama do Ceará enfrenta calado outro dilema: com apenas um barco tem que fiscalizar a pesca marítima predatória em todo o Nordeste. E se é difícil a fiscalização no mar, a máfia dos atravessadores está vários passos à frente dos fiscais. Ceará e Rio Grande do Norte fornecem juntos a maior parte da lagosta consumida em todo o mundo.
Os cinco homens presos pescando lagosta ilegalmente no último sábado pagaram fiança e já estão soltos. Devem perder o seguro-defeso para o próximo período. O dono da embarcação pagará multas que podem variar entre R$ 700,00 e R$ 100 mil. A embarcação foi levada para o depósito do Ibama do Ceará num estaleiro em Acaraú.
A lagosta apreendida (no último sábado foram 45 quilos) é doada para Organizações Não Governamentais (ONGs). De dezembro de 2010 até o início de junho de 2011, 655kg de lagosta já foram apreendidas. Quatro embarcações, 54 autos de infração este ano. A maior parte foi apreendida no período do defeso, quando era proibida a pesca da lagosta no litoral nordestino. Pelo menos 13 embarcações flagradas nas blitze no mar aguardam liberação.
Ilegais
Mas somente em Icapuí estima-se em mais de 100 embarcações ilegais, praticantes da pesca predatória. Quando os fiscais do Ibama flagraram a pesca ilegal com compressores de ar no mar de Icapuí, somente um esteve ao alcance e outros 19 barcos, mais velozes, fugiram. Quando a fiscalização era feita em um bote inflável motorizado, não seria difícil alcançar boa parte das embarcações. O Ibama tenta retomar blitze com o barco pequeno e veloz. Mas o problema é maior: todos as demais embarcações do Ibama no Nordeste que realizavam a fiscalização da pesca predatória da lagosta foram remanejados para a fiscalização nos rios da floresta amazônica.
Recurso
Foram destinados para a fiscalização do Ibama no Ceará, em 2011, R$ 1,6 milhão para os custos de fiscalização. O número se torna pequeno diante do tamanho da zona costeira que precisa ser "coberta", agora além-fronteiras estaduais. E mesmo sendo o Ceará é o único do Estado com um barco do Ibama, os fiscais ressaltam o aumento da fiscalização.
Trabalho
"Os nossos homens estão dia e noite, até no sábado e no domingo em alto mar para coibir a pesca predatória. E temos sentido resultado positivo. Quando o barco do Ibama está por perto, a pesca predatória é realmente coibida", explica Rolfran Castro, chefe de fiscalização do Ibama. O órgão ambiental anuncia agora outra etapa no combate à máfia da lagosta: fiscais em indústrias e frigoríficos vão exigir documento de origem da lagosta comercializada. Mas isso já estava em lei no papel.
Fonte: Diário do Nordeste
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