terça-feira, 28 de junho de 2011

Informativo: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar dar esclarecimentos à população de Icapuí

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, do Hospital Municipal Maria Idalina Rodrigues, nos enviou por email um INFORMATIVO dando esclarecimentos sobre matéria publicada no blog do vereador Jerônimo Reis, e republicada aqui, sobre a existência de uma bactéria no Hospital Municipal de Icapuí, que ofereceria riscos à saúde da população icapuiense. Segue abaixo o INFORMATIVO:

INFORMATIVO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFEÇÃO HOSPITALAR

Bactérias são organismos unicelulares, procariontes Podem viver na presença de ar (aeróbias), na ausência de ar (anaeróbias), ou ainda serem anaeróbias facultativas. Existem bactérias de todo tipo em todos os lugares do mundo, do alto dos picos nevados às profundezas do mar, nas escolas, nos hospitais, igrejas, parlamentos etc . São as criaturas vivas predominantes no planeta, abundantes no ar, no solo e na água e na sua maioria inofensivas para o ser humano, sendo algumas até benéficas. A microbiota normal de todo corpo humano é de 100 trilhões de bactérias. Isto quer dizer que estas bacterias fazem parte da flora normal do corpo humano.

AMBIENTE HOSPITALAR

Cabe informar que um caso isolado de contaminação de um paciente não se caracteriza infecção hospitalar tendo em vista que nos grandes centros de saúde onde são realizados processos invasivos e ou cirúrgicos de pequeno e grande porte estão mais suscetíveis a contaminação por bactérias multi-resistentes que são definidas como microorganismos resistentes aos antibióticos de primeira linha.

Os exemplares mais detectados no ambiente hospitalar segundo as pesquisas são os seguintes Staphylococcus aureus resistentes à oxacilina e os Gram-negativos (como Acinetobacter baumanii, Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter cloacae) resistentes aos aminoglicosídeos.

Nos hospitais os reservatórios destas bactérias são principalmente os pacientes infectados, podendo haver também reservatório ambiental como equipamentos contaminados por estes microorganismos. O profissional de saúde pode também ser um agente transmissor destas bactérias através das mãos contaminadas por pacientes infectados e normalmente esta contaminação e de caráter transitório.

De maneira mais comum, a transmissão de bactérias multi-resistentes se dá de maneira cruzada, através dos profissionais de saúde, tanto pelo contato direto entre um paciente contaminado e outro, como pelo contato indireto devido ao manuseio de artigos ou superfícies contaminadas. Mais raramente pode ocorrer transmissão por uma fonte única diretamente de artigo por equipamento contaminado.

Informamos que no Hospital Maria Idalina R. de Medeiros não é realizado nenhum tipo de procedimento invasivo e/ou cirúrgicos,e, também, não contamos com UTI, onde a proliferação destas bactérias multi-resistentes é mais presente. Vale ressaltar que, embora difícil, não fica descartada a possibilidade de contaminação bacteriana acima mencionada em unidade de saúde deste porte, visto que, como ficou explícito as bactérias proliferam e fazem parte do solo, rios, lagos, profundezas oceânicas, dentro e fora dos organismos.

............................................................................................

Para maiores esclarecimentos, entrar em contato com a equipe de profissionais do Hospital Municipal de Icapuí.

2 comentários:

Rafael Soares disse...

Caros Editores,
Parabéns pelo excelente trabalho realizado por vocês na condução deste blog.
Sou enfermeiro da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Rio Grande do Norte e Professor universitário, tendo trabalhado por um ano nesta bela cidade de Icapuí.
O texto explicativo emitido pela CCIH do hospital municipal não esclarece em nada as denúncias que foram proferidas sobre o caso de contágio por bactéria multirresistente. Não foram mencionados estudos laboratoriais da microbiota ambiente e nem pesquisas com os principais agentes transmissores, que são as mãos dos profissionais.
O texto apenas demonstra que os profissionais conhecem determinados conceitos desta área, imprescindíveis à composição de tal comissão.
Porém é necessário ir além. Falácia não promove saúde e muito menos controla ou minimiza riscos de infecção hospitalar. Atitudes sérias e alicerçadas no conhecimento acumulado na área de controle de IH's devem ser tomadas para a garantia da produção de um cuidado em saúde isento de riscos como preconiza a OMS.

joao disse...

As esplicações cientificas foram dadas, porém faltam as explicações para afirmar ou negar se realmente um paciente que esteve internado no hospital contraiu uma bactéria,o que se escuta são rumores de que essa bactéria tem ação devastadora. Só nos basta rezar e pedir a DEUS para não ser preciso ser internado no hospital de Icapuí!!!.