segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Icapuí terá internet sem fio e parque tecnológico

Essa informação foi repassada pelo Leo Ribeiro, que é coordenador do Projeto Icapuí Digital.

O site Guia das Cidades Digital relata a experiência do projeto Icapuí Digital em uma matéria que transcrevemos abaixo:

Município cearense terá internet sem fio e parque tecnológico

Na pequena Icapuí, as fazendas marinhas de produção de lagosta e camarão, principal atividade econômica local, vão ficar lado a lado com as antenas wireless. A cidade cearense de 20 mil habitantes, localizada a 200 quilômetros da capital, tem pronto seu projeto de digitalização. O sinal será sem fio, inicialmente. Uma rede de fibra ótica será construída posteriormente, para haver redundância e driblar possíveis problemas de topografia. Aliado à infovia, haverá centro de formação, serviços de governo eletrônico, incubadora tecnológica e estímulo ao comércio local.

À frente da coordenação do projeto, o secretário de Ciência e Tecnologia, Silvio Teixeira Barreira, conta que a iniciativa compreende duas vertentes: a iluminação da cidade com sinal de internet sem fio e um parque tecnológico. "Para high tech e low tech", conta Barreira. Para colocar o parque tecnológico em prática, estão sendo firmadas parcerias com grandes empresas e universidades, além do Ministério das Comunicações.

"Algumas parcerias já estão sinalizadas, com a Petrobras, a Vale e a Universidade Federal do Ceará (CE)", adianta o secretário. Complementando a ideia, será montado um distrito industrial setorial, para produção e venda produtos locais, com identidade cultural, principalmente na área de pesca.

Já na parte de iluminação da cidade, o divisor de águas será o Cinturão Digital, projeto de infovia do governo cearense, que está montando um anel ótico circundando todo o estado. Previsto para ser oficialmente inaugurado em março, o Cinturão Digital consumiu mais de R$ 60 milhões do governo estadual, que optou por um modelo de manutenção que incluirá a iniciativa privada e as prefeituras.

O servidor do Cinturão Digital em Icapuí ficará em um antigo centro de formação da Petrobras, cujas instalações foram passadas para a prefeitura. É também no local que vai funcionar um centro de formação em informática e uso da internet, com cursos para a população. "Serão capacitadas 14 mil pessoas em introdução à informática, fundamentalmente no uso da internet", planeja o secretário, revelando a ousada ideia de ensinar a 70% dos habitantes como usar a web. Segundo ele, serão elaboradas cartilhas específicas de acordo com faixa etária.

A prefeitura já está em conversas com o Ministério da Educação para levar para a cidade um núcleo de formação tecnológica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifet). Este núcleo complementaria as atividades de capacitação, oferecendo inclusive cursos de nível superior na área de tecnologia da informação.

Todas as unidades de administração direta e indireta da prefeitura receberão sinal de internet, incluindo secretarias, as 14 escolas e as 11 unidades de saúde. Além desses locais, somente algumas praças wireless ou telecentros terão sinal disponível. "Não vai ter internet de graça nos domicílios", sentencia o secretário de Ciência e Tecnologia. Segundo ele, nas praças wireless, onde o acesso será gratuito, serão feitos cadastros das pessoas que usarão a rede na área, através do número de série do computador utilizado.

A opção de não oferecer internet gratuita nas casas se dá para resguardar a concorrência e não gerar desemprego nas lan-houses e nas Ilhas Digitais (centros de acesso à internet fruto de parceria entre o governo do estado e o Ministério das Comunicações). "Vamos estabelecer parcerias com provedores e gestores dessas atividades, para que seja cobrada uma taxa simbólica para uso de internet", adianta Barreira. "A ideia é que tenhamos preços razoáveis e a preservação das lan-houses e das Ilhas Digitais, que estão previstas também no termo que cada município tem que assinar para ter acesso ao Cinturão Digital", conta o secretário.

Paralelamente, a cidade vai oferecer serviços de governo eletrônico de maneira diferenciada. Além de prover as opções básicas – como emissão de boletos de pagamentos de impostos, cadastros municipais, etc. - a intenção é fazer parceria com instituições para prestação de serviços mais complexos, inclusive da esfera federal. Uma ideia é se aliar ao Sistema Nacional de Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego, para viabilizar seguro-desemprego e carteira profissional. Outra intenção é fazer parceria com a Secretaria de Estado de Justiça, para viabilizar carteiras de identidade. Para integrar todos estes planos, a prefeitura está no momento buscando um software que dê conta de todas as demandas. “Se não encontrarmos, acabaremos tendo que desenvolver um para cobrir todas as necessidades”, acredita Barreira.

A sustentabilidade do projeto e manutenção de todos esses planos é uma das principais preocupações reveladas pelo secretário. “Consegue-se dinheiro para implantar, mas não se consegue para manter”, constata. Para garantir que o projeto fique vivo depois de implantado, foi criada uma cooperativa de negócios que vai canalizar boa parte das atividades desenvolvidas. Atualmente, a instituição está pleiteando título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), no Ministério da Justiça. É ela que vai viabilizar a geração de recursos e também o repasse de verbas a partir dos governos estadual e federal e também de verbas parlamentares.


Fonte: Guia das Cidades Digital

http://www.guiadascidadesdigitais.com.br/site/pagina/municpio-cearense-ter-internet-sem-fio-e-parque-tecnolgico

2 comentários:

Anônimo disse...

Um balde de ÁGUA FRIA!!!!!!
Na sexta feira passada dia 27/11/09 ao escutar a sessão da câmara de vereadores, ouvir o lider do governo, o vereador Lacerda comunicar em seu pronunciamento, transmitido pela fm educativa que teriamos internet de graça para todos, ou seja, pagariamos uma quantia irrisória para manuntenção de algumas eventualidades.
Nós das comunidades de Morro Pintado, Melancias, Peixe Gordo e Maninbu, Tremembe, Quiterias, etc., achamos a ideia otima,visto que, mesmo pagando para as empresas privadas não temos um sinal bom, ou seja, enfrentamos várias dificuldades. (agora mesmo para escrever esse emaill o sinal caiu tres vezes. Aqui em Morro Pintado)
Agora vem o secretario e joga agua no sonhos das comunidades, que mesmo querendo pagar a uma empresa privada não consegue de jeito nenhum o sinal, como é o caso de melancias, peixe gordo, e outras.
Sr. Secretário, pense com carinho e veja se há alguma maneira de contemplar essas comunidades acima citadas, pois elas tambem precisam de outras ferramentas para o desenvolvimento.

PROFº SERGIO CARLOS.

Eu disse...

Valeu professor !!!!!!