segunda-feira, 9 de novembro de 2009

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO NA FAZENDA BELÉM TEM DIMINUÍDO CONSIDERAVELMENTE

A produção de petróleo vem em queda no Ceará, tanto nos campos terrestres como nos marítimos. De 2003 para cá, com dados até agosto desse ano, a redução já chega a 38%, caindo de uma média mensal de 450 mil barris para 280 mil barris. Os resultados, mostrados por meio de dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), apontam para o envelhecimento das jazidas e o pouco acréscimo de novas áreas de extração do óleo.

Segundo Francisco Alves de Queiroz, gerente de Ativo de Produção de Mossoró, chegou-se a produzir, em terra, 2.700 barris diários no Ceará em 2003. De acordo com os dados da ANP, em 2005 a produção começou a cair. A média anual era de cerca de 800 mil barris anuais, e esse número caiu drasticamente para pouco menos de 600 mil barris. Em 2008, a produção total foi de 698,8 mil. Com esse total, a média diária reduziu para 1.800 barris. Mas, como informa Queiroz, essa produção já voltou a subir, mantendo uma média de 1.900 barris/dia. "A nossa previsão, agora, é de manter esse patamar", aponta.

O gerente explica que a exploração na Fazenda Belém já é feita há 30 anos, o que o faz ser considerado já um campo maduro. O petróleo retirado de lá, explica, é pesado e muito viscoso. "Por isso, para incrementar a produção, nós fazemos a injeção de fluido quente, o que reduz a viscosidade do óleo e faz ele fluir mais facilmente de dentro da rocha", esclarece. Esse processo já vem sendo feito no local há 25 anos.

Queiroz afirma que, cada vez mais, com a modernização dos métodos tecnológicos, consegue-se recuperar mais petróleo. Novos poços também estão sendo perfurados para elevar essa produtividade. No período 2009-2013, a Petrobras investirá R$ 285 milhões na perfuração de centenas de poços na região. Este ano, foram perfurados 45.

Comentário
Por Claudimar J Silwa

A produção de petróleo em terras do município de Icapuí, garante uma receita mensal através de "royalties" que oscilam de acordo com a produção. Isso quer dizer que, quanto menos petróleo for extraído, menor será a arrecadação do município.

O município já enfrenta problemas gravíssimos com a crise da lagosta, o que afetou diretamente a economia local. Com essa redução da produção de petróleo a crise econômica poderá se agravar mais ainda, além da limitação de ofertas de empregos.

Fonte: Diário do Nordeste. Veja a matéria completa clicando aqui.

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