Em nossas pesquisas, encontramos uma reportagem interessante, publicada no jornal O ESTADO CE (www.oestadoce.com.br), sobre a Carnaúba e resolvemos reproduzir no blog, já que a discussão sobre geração de renda foi iniciada no artigo escrito pelo editor Adolfo Maia (Artigo: Economia. Icapuí está perdendo uma grande oportunidade) e nos comentários sobre uma discussão de um partido político da cidade.
A Carnaúba junto com os coqueiros tem em abundância em Icapuí, principalmente na região que faz divisa com o RN e pode torna-se também uma alternativa de geração de renda para os cidadãos icapuienses, já que a economia ainda é baseada na pesca da lagosta, que atualmente está em decadência. Com ela pode se criar vários produtos, principalmente a cera, que serve para mais diversas áreas. No entanto não se deve focar apenas na produção in-natura do produto é necessário investir e criar uma cadeia produtiva.
Abaixo a reportagem:
CARNAÚBA: uma espécie nossa que gera produtos para o mundo
Há mais de 100 anos foi lançado mundialmente um produto da Caatinga
que revolucionaria a indústria de polimentos. Em 1888, um pesquisador
dos Estados Unidos, encontrou no Brasil a árvore que produzia a melhor
cera do mundo: a carnaúba, e partir dessa cera criou um produto para
aumentar a qualidade e durabilidade dos pisos de tacos de madeira,
amplamente utilizado nas casas da época. Em 1904 esse produto é lançado
na Inglaterra, ganhando o mercado internacional. A partir daí, surgiram
novos e revolucionários produtos industrializados da cera de carnaúba
consumidos até hoje mundialmente.
Segundo a ADECE (Agência de
Desenvolvimento do Estado do Ceará) a cera da Carnaúba ocupa a 5a
posição dos produtos cearenses mais exportados do primeiro semestre de
2011, movimentando US$ 29,2 milhões. Cerca de 200 mil trabalhadores
rurais estão envolvidos economicamente na extração do pó cerífero.
A
cera de carnaúba é considerada a mais nobre cera natural, por isso pode
ser ingerida sem causar dano à saúde humana, não é perecível, tem
elevado grau de dureza, apresenta baixo índice de acidez, produz brilho
intenso e é ecologicamente sustentável. É o único produto que consegue
reduzir a permeabilidade e contribuir para a manutenção da qualidade de
pisos, pinturas automotivas, alimentos, couros, cerâmicas, madeiras,
além de ser agente desmoldante, que facilita processos de umidificação e
desligamento na metalurgia. Também é utilizada na produção de goma para
base de chicletes, em ligantes na indústria cosmética, insumo para
dispositivos de informática (como chips e toners), lubrificante e
impermeabilizante de tecidos, papéis e embalagens, conferindo maior
resistência, rigidez e melhor deslizamento em equipamentos de impressão
térmica.
A carnaúba é uma palmeira que só existe na caatinga e em
2004 foi decretada a árvore símbolo do Ceará pelo Decreto Lei no 27.413,
desde então o brasão da bandeira do Ceará foi alterando deixando de ter
o coqueiro, uma palmeira que não é original do Brasil, para a carnaúba.
Fonte: Jornal O ESTADO CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário